domingo, 30 de janeiro de 2011

À imagem do enxame!

O que cai de um enxame-nos uma imagem bidimensional dele, ou mais ou menos correspondente, em que a cera mais clara corresponde a opérculos de reservas onde as abelhas andam a comer, e a cera mais escura corresponde à zona onde está ou esteve criação. Não sei como passam o tempo as abelhas que estão constantemente, da primavera ao inverno, a deixar cair estas pequenas partículas, principalmente da zona da criação!? Isto nem sempre é perceptível num estrado normal, o que significa que sempre abelhas "donas de casa" que se encarregam de varrer o chão.
Neste caso não é fácil concluir sobre o tamanho do enxame porque a colmeia em causa tem sobre-ninho e a possibilidade do enxame estar "esticado" para caixa de cima. Se o enxame estivesse numa caixa a imagem seria com certeza um pouco diferente.
De qualquer modo a imagem, a mim, sugere-me o bem instaladas que estariam as abelhas num tronco oco de árvore ou num cortiço...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Foto do dia

Abelhas que entraram para o saco do alimento anterior para lamberem os restos

domingo, 23 de janeiro de 2011

As Abelhas e o Gaiteiro

Esta tarde era suposto ser sobre um outro tema que não o das abelhas, mas acabou por resvalar para lá! De visita a uns amigos acabei por ficar a saber da presença de um enxame de abelhas de mel num buraco de um castanheiro. Há também quem chame às abelhas, abelhas mansas, por oposição às vespas que serão as bravas, mas há certas colmeias que, ao inspeccionarem-se, ficamos com a impressão de que as abelhas não gostam muito desta designação e quase que parecem dizer-nos, como o outro disse, "Mansa é a tua tia, pá!!"
Infelizmente o castanheiro havia sido cortado há já mais de uma semana e toda a lenha removida mais recentemente, mas foi ainda possível descobrir vestígios do enxame no local, alguns favos ainda com abelhas, infelizmente já mortas.




Não dei por criação em nenhum alvéolo, o que nesta altura, nesta zona fria dos arredores de Trancoso, não é muito de admirar.
Também nenhuma abelha forrageadora tresmalhada à procura da casa na árvore que já não estava lá...
Também nenhuma varroa, mas também não fui muito rigoroso na observação...
Um dos favos observados tinha sim casulos de traça da cera o que talvez nos indicasse que o enxame já não estaria nas melhores condições de saúde... talvez indicasse, ou talvez não? Agora é difícil de dizer, e estou convencido que os enxames em tocas de árvores, "au naturel", digamos assim, podem não funcionar da mesma maneira que nas nossas colmeias no que diz respeito à traça da cera.
De resto, apenas abelhas adultas mortas com a cabeça enfiada dentro dos alvéolos, como se vê na foto seguinte o que numa situação normal podia ser indicação de morte por fome, ou frio que provocasse a fome.




E agora algo completamente diferente...
O tema da tarde, o tal de que eu falava no início, era suposto ser: A Gaita!

(tempo para fazer render o trocadilho nas mentes mais brejeiras...)

A Gaita de Fole, neste caso Mirandesa, que eu levei a alguém entendido, para ver se apanhava umas luzes no tocar deste instrumento a meu ver fascinante!
O Celso Bento, do grupo 'Diabo a Sete', lá me deu umas dicas e já venho mais animado, embora com consciência de que "burro velho não aprende línguas" e talvez seja já um bocado tarde para aprender o Mirandês tocado!
Resta saber a reacção das abelhas quando se virem confrontadas pelo mesmo individuo de sempre, vestido com equipamento branco e de máscara, mas desta vez com um fole de cabrito debaixo do braço, e ponteira e bordão a emitirem sons jamais ouvidos naquelas paragens...


Podem saber mais sobre os Diabo a Sete em http://www.diaboasete.com/ ou então na sua página do myspace: http://www.myspace.com/diaboasete


Chin glin din pelos Diabo a Sete

Por último fiquem com o Lhaço dos ofícios, o Lhaço ou dança mirandesa é repetido quatro vezes e os pauliteiros vão mudando de posição de cada vez, isto é feito para que todas as pessoas da audiência à volta dos pauliteiros possam ver todos os pormenores da dança.
Corrijam-me nos comentários se estiver enganado sobre isto, não sou nenhum entendido em folclore Mirandês... e já agora corrijam-me também sobre as abelhas que também não falo muito bem o Abelhês!


Lhaço dos Ofícios pelos Pauliteiros de Sendim


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Foto do dia

Bzzzzzzz!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Foto do dia

A data não é exacta, mas penso ter sido há mais ou menos 1 ano
que este estrado foi colocado nesta colmeia...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ainda os saramagos...



domingo, 9 de janeiro de 2011

Faça você mesmo: Estrado Higiénico


Muito se podia dizer acerca das vantagens e desvantagens dos estrados higiénicos também chamados estrados sanitários...
Eu não vou dizer nada ou quase nada, porque acho que quem quiser formar uma opinião deve experimenta-los! Mas se me obrigassem a dizer alguma coisa diria apenas que são assim-assim, pois em relação a este assunto mudo muito de opinião conforme acordo bem ou mal disposto.



Há já algum tempo que construí por brincadeira uns estrados higiénicos com este tipo de entrada, mas mesmo após um ano de utilização e-me difícil chegar a alguma conclusão quanto à influência que exerce o facto de a rampa de aterragem ter bastante inclinação. Em relação às abelhas, talvez se poupe numa cabeçada ou duas quando não acertam na entrada, de resto a questão diz mais ao apicultor já que as abelhas adaptam-se bem a todo tipo e feitio de entradas.
Com uma entrada superior, só para dar um exemplo, as abelhas perdem algum do calor e humidade, mas isso tanto pode ser mau como bom, dependendo da altura do ano e dos nossos objectivos. Lembro-me da hipótese de, planeando uma aplicação de acido oxálico, regular o termostato das abelhas fazendo-as provar mais o frio existente, com o objectivo de desmotivar ao máximo a postura da rainha, para que aquando os tratamentos haja mais probabilidade de não existir criação.
Pessoalmente apenas acho, cada vez mais, que o espaço da entrada, seja ela como for, deve ser o mais reduzido possível, mesmo no verão vêem-se muitas vezes abelhas na entrada cujo propósito me parece ser apenas tapar parte dela...


A inclinação e construção da rampa de aterragem está mais ou menos explicada na tábua que aparece na foto acima, que é uma das duas laterais do estrado.
Neste caso o espaço de entrada até podia ser mais reduzido, bastando para isso inclinar mais a tábua ou usar uma maior, ou alterar a espessura da ripa triangular que fica em cima da rampa, que neste caso foi cortada um bocado a olhómetro.
O espaço que vai do 1 aos 3,5cm é onde se vai fazer o rebaixo onde encaixa o tabuleiro, daí até onde se fixará a rede vão 3cm, mas se quiséssemos podia ser menos e ficávamos com um estrado mais baixo.


Pode surgir alguma dificuldade em aparafusar/pregar a rampa exactamente por ela estar inclinada mas isso supera-se com a pratica.
Abrir um friso para encaixar a rede depende do tipo de rede usada, neste caso foi usada uma rede galvanizada, mas talvez seja preferível usar uma rede mais barata, de malha apropriada (3mm), e nesse caso pode-se agrafar à madeira em vez de usar o friso, dá menos trabalho e fica mais barato.


A parte de trás a travessa deve ser um pouco mais curta que as paredes laterais de modo a permitir a entrada do tabuleiro
Este tipo de grampos é muito útil para unir as peças.


O tabuleiro


Aqui havia várias hipóteses, chapa, platex, esferovite...
Neste caso trata-se de wall-mate, penso eu, que é frisado de um dos lados o que dá uma grande ajuda pois esses frisos vão servir de pega para retirar o tabuleiro .
Como é um material bastante fácil de cortar e não é muito rígido, tem a vantagem de se poder cortar um pouco acima da medida e depois ao entrar fica mesmo justo, diminuindo as hipóteses de entrada de ar frio, quente, bicharada, já para não dizer que o próprio material é isolante.
Ainda houve uma altura em que tive medo de ficar sem estes tabuleiros porque algumas traças ainda os esburacaram, mas depois parecem ter acalmado, e acabo por concluir que são tabuleiros para durar ainda bastante, talvez não tanto como os de platex, e seguramente não tanto como os de chapa, mas...
Se os tabuleiros forem limpos regularmente como é suposto, menos hipóteses há de isto acontecer.
Uma coisa que também ajuda nisto da traça e é muito importante para fazer contagens de varroa é plastificar a parte superior do tabuleiro, de modo a que se possa utilizar parafina ou algum tipo de óleo para prender as varroas.
Não aconselho óleo alimentar porque chama demasiadas formigas...


O quadriculado serve para não nos perder-mos na contagem das varroas, caso tenha utilidade contá-las.


Para fechar o mais "hermeticamente" possível o estrado, foi usado o sistema que aparece na foto.
Uma ripa de madeira segura num parafuso por um pedaço de chapa, que ao encaixar debaixo do tabuleiro força-o a tapar completamente qualquer possível abertura.


As réguas reguladoras de entrada

Pode-se proteger a entrada usando uma chapa com as aberturas necessárias.
Caso a chapa seja muito fina pode-se dobrar até "fazer cama" num sentido como aparece assinalada na foto, e pode ser depois colocada de forma a encostar ao estrado.



Março do ano passado


Neste momento planeio construir mais estrados, destes e de outros, mais ou menos higiénicos, mas o ideal seria simplesmente não usar nenhum estrado nas colmeias...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

IV Seminário Apícola da Terra Quente e Apiocasião

O próximo dia 26 de Fevereiro será um dia em cheio em Macedo de Cavaleiros com a realização do IV seminário Apícola da Terra Quente Transmontana onde se tratarão vários temas, desde a sanidade apícola a produtos das abelhas como o pólen e o propolis. Irá também realizar-se uma feira de material apícola usado - a Apiocasião - uma muito boa ideia da Macmel, até porque os tempos apelam à reutilização e reciclagem. Em simultâneo com a Apiocasião irá decorrer uma demonstração de como moldar cera em casa.
Ao fim do dia ainda haverá tempo para uma tertúlia apícola onde se conversará acerca de um pouco de tudo e também de abelhas.